Nova Zelândia pelos olhos de uma imigrante.

Por Ana Schultz
@ana_schultz

Olá pessoal do Inglês para viagem, meu nome é Ana Schultz, professora, tenho 32 anos, e hoje vim compartilhar com vocês um pouco da minha trajetória aqui na Nova Zelândia.

Em março de 2014, logo após me formar em pedagogia, no Brasil, eu e meu marido decidimos nos aventurar fora do país antes de engrenar na carreira e resolvemos fazer um intercâmbio para estudar inglês, que sempre foi meu sonho.

Foi aí que visitando algumas agências de intercâmbio, descobrimos a Nova Zelândia. Decidimos então por um curso de três meses, onde nos daria o direito de estudar e também trabalhar part-time, para termos uma grana e nos manter durante esse período.

Nesses três meses de estudo, estávamos trabalhando com limpeza de casas com alguns brasileiros que encontramos por aqui, e ai percebemos que precisaríamos de mais tempo para aprender a língua adequadamente. Viemos para a Nova Zelândia com inglês zero, o que eu não recomendo a ninguém, pois passamos por alguns perrengues engraçados de não conseguir se comunicar nem para pedir comida, e também o que limita explorar o país, que é lindo e seguro.

Tivemos a oportunidade de pegar o famoso Work Holiday Visa (que são 300 vagas ao ano para brasileiros), e esse visto nos abriu muitas portas. Ele permite trabalhar full time (40 horas por semana), durante 1 ano, o que os empregadores enxergam como algo muito positivo, pois te dá uma experiência de trabalho no país. Como o inglês já estava melhor, isso facilitou para pegarmos nosso primeiro emprego.

Trabalhei como pizzaiola e garçonete por um ano em um restaurante, enquanto meu marido trabalhou como auxiliar de cozinha e em 3 meses ele já era Chef. Graças a ele, conseguimos aplicar um visto de trabalho pelo restaurante, onde nos deu a chance de ficar no país por um período maior (3 anos).

Com o passar do tempo consegui vaga na minha área de Pedagogia e comecei a exercer minha profissão, mas para isso acontecer tive que ter meu diploma verificado pela NZQA (órgão que verifica e certifica diplomas). Foi aí que todo o drama da minha vida começou. Por Pedagogia estar relacionado à educação, eu precisaria passar em um teste de proficiência de inglês chamado IELTS, não podendo ter nenhuma nota abaixo de 7 (sendo que a máxima é 9). Esta prova é composta pelas 4 habilidades do idioma: fala, escrita, leitura e audição. Me preparei muito para este teste e fiz ele 8 vezes, mas infelizmente minha escrita em inglês não passava de 6.5. Os anos foram passando e a necessidade de passar nessa prova só aumentava, pois era ela que me daria o registro de professora onde eu poderia almejar um melhor salário e também traria a possibilidade de aplicar o visto de residência no país. Em janeiro de 2019, o ministério da educação da Nova Zelândia mudou as regras abrindo as portas para outros tipos de testes e cursos, e foi nesse momento que eu decidi estudar para ser professora de inglês para estrangeiros, fazendo o CELTA (Certificate in Teaching English to Speakers of Other Languages) e alcançar o tão sonhado registro de professora.

Após completar o curso, enxergamos a luz no fim do túnel. O registro de professora foi aprovado e a pontuação necessária para aplicar residência tinha sido alcançada também. Em menos de três meses depois disso, já éramos residentes nesse país que amo tanto e para melhorar ainda mais, descobrimos que estávamos grávidos e que nosso baby nascerá cidadão Neo Zelandês.

Foram seis anos de luta para conquistar a residência, mas por mais tensos que tenham sido esses anos, tudo valeu a pena. Hoje a Nova Zelândia ocupa o top ten de lugares com melhor qualidade de vida e bonitos do mundo, poluição é considerada inexistente, é o país menos corrupto do mundo e é linda demais. Tem muita natureza, trilhas, praias, neve, lugares para conhecer, é segura, tranquila, e com certeza vale muito a pena.

Quer saber mais sobre a Nova Zelândia, siga @ana_schultz e nosso correspondente @teachercharless

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